Por: Everton Marcos Grison
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Fonte: globo livros |
É preciso muito espaço para pouca qualidade e muita quantidade de uma merda fedorenta, coberta de bolor, cagada por uma minoria que distribui sorrisos e estupram a nossa consciência. Grudam no nosso cérebro como vampiros sedentos por miolos (o linguajar não é desproporcional, em certa medida é pouco para o roubo praticado). Suas fezes fedem porque são compostas de cérebros vazios, de vidas iguais, de pessoas maquinizadas. Este livro representa um soco duplo, uma crítica humorada e mordaz sobre o que fazemos diariamente. Quantos livros você já queimou hoje? Esta semana? Este mês? Este ano?
“Queimar era um prazer”, assim o autor
abre o livro, de forma marcante, destrinchando uma postura de questionamento
individual; de que tipo de fogo ele fala? Parece-nos que queimar livros não
significa apenas queimá-los de forma literal; querose, livros e fogo. Ledo engano.
Queimar é muito mais que isso. Quem sabe para entendermos, precisemos adentrar
o fogo para medir proporções, ou seja, precisamos correr o risco de nos
queimarmos também.
O
que é o fogo? Por que deste título? O que significam os livros? São perguntas
que exigem pelo menos a leitura ou também, a visualização da interessante
adaptação cinematográfica feita pelo famoso diretor François Truffaut em 1966.
Filme por sinal, que está disponível no youtube:(Fahrenheit 451) , entretanto, a leitura do livro é indispensável, pois a relação texto-leitor
só se efetiva com o ato da leitura.
É indispensável salva guardarmos a
memória, pois a sabedoria não está nos livros. Neles encontramos, tão e
somente, pistas. É necessário um esforço contínuo para que os livros não se
transformem em meros amontoados de folhas, cola, costuras e tinta, esperando
inerte em uma prateleira, que um bombeiro venha lhe destruir.
Um comentário :
Ótima indicação Everton. Terei de ler!!!
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